quinta-feira, 26 de abril de 2012

Reflexão de Lucas 18:35-43 "O CEGO DE JERICÓ"


O fato é: ele não podia VER
Isso não o impedia de OUVIR (v.36a), de FALAR (v.36b) ou de ter CONHECIMENTO (v.38).

Ele estava à margem da estrada que, com certeza, era movimentada. (Ele era inteligente. Já que não podia trabalhar dignamente por causa da sua deficiência visual, pedia esmolas onde passava muita gente pra angariar recursos melhores, na medida do possível, pra sua sobrevivência.)

Todo tipo de pessoa passava ali; importante ou não. E elas tinham pelo menos 3 reações para com o cego:

a) Não o viam (ou fingiam isso);
b) Eram indiferentes a ele e sua miserabilidade (viam, mas não se importavam, não era com eles);
c) Davam esmolas por pena (era tudo que podiam fazer por ele; por verdadeira compaixão ou pra se mostrarem solidários ante os demais).

Ali passavam ricos, pobres, políticos, comerciantes, estrangeiros, etc. A todos esses, o cego gritava: 'Dê-me uma ESMOLA pelo amor de Deus!', porque sabia que era o máximo - senão, tudo - que podiam fazer por ele; a capacidade dos homens era limitada a lhe dar esmola.

Seus ouvidos conheciam os barulhos daquela estrada e, ao ouvir a multidão, queria saber quem era o 'IMPORTANTE' que passava dessa vez. Quando lhe disseram: "É Jesus, o Nazareno.", ele quase não pôde acreditar.

Sempre ouviu falar de Jesus e dos seus milagres, mas não podia se deslocar até a cidade onde o Mestre estava e ninguém queria levá-lo.

Trouxe à memória tudo que tinha ouvido, aprendido e guardado acerca de Jesus. Sua fé ganhou força. juntou seu fôlego e gritou: "JESUS, FILHO DE DAVI, TEM MISERICÓRDIA DE MIM!".

Os metidos a assessores do Mestre apressaram-se em o repreender: 'Cala-te! Ele é muito IMPORTANTE pra te dar IMPORTÂNCIA!'.

O cego, em sua mente, disse: 'Sou cego, mas não sou burro! Todo esse tempo pedi esmola, porque os homens só podiam me dar esmola. Mas, a esse Jesus, que tem Todo Poder, vou pedir o que realmente preciso e sei que Ele pode me dar: minha CURA!' 

E desatou a gritar, agora bem mais alto: "JESUS, FILHO DE DAVI, TEM MISERICÓRDIA DE MIM!".

Jesus, conhecendo sua vida e o que acabara de pensar, parou. Mandou trazer o cego. Ciente de sua necessidade- pois Ele é Onisciente -, perguntou mesmo assim: "O QUE QUERES QUE TE FAÇA?".

Ninguém, em todo o tempo que estava mendigando ali, nunca parou pra perguntá-lo: 'O QUE POSSO FAZER POR VOCÊ?'. Ao  ouvir a pergunta, a certeza do cego tornou-se sólida. Não tinha dúvida de que Aquele era o Jesus por quem ansiava encontrar há muito. Sabia que não estava enganado e que era chegada a sua vez.

Encheu mais uma vez seus pulmões de ar, mas, agora, sem gritar. Apenas firme e calmo respondeu: "SENHOR, QUE EU VEJA!". Tanta gente seguia Jesus, mas não o reconhecia como Filho e, ao mesmo tempo, Senhor de Davi. O Mestre admirou-se da sabedoria e da fé do cego. POr isso pensou: 'Ele sabe quem Eu Sou. Ele sabe sobre Mim. Ele merece minha atenção. Ele merece alcançar o milagre!'

Enquanto isso, o cego posicionou seu globo ocular na direção da face dAquele Homem que lhe traria o milagre. 'O primeiro rosto que eu quero ver é o de Jesus!'. Ele tinha certeza da sua cura.

Sua resposta ainda ecoava no ar - "QUE EU VEJA." - ante o silêncio que a multidão fizera, prestes a contemplar mais um milagre.

Jesus, acompanhando o tom calmo da resposta do cego, disse: "VÊ; A TUA FÉ TE SALVOU."!

De olhos já abertos, o cego começou a perceber a claridade. Depois, um vulto. Agora, formas, cabelos, até que, nítida e alegremente, pôde ver o rosto de Jesus.

Ele testificou a sua cura, transbordando de alegria, confirmando pra todos que Jesus operara um milagre ali; à beira da estrada de Jericó. E que, dessa vez fora com ele. Dessa vez, era ele o curado. Não mais cegueira! Não mais beira de estrada! Não mais esmola! A partir de agora, milagre!


E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Lucas 18:43
E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Lucas 18:4"

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